HISTÓRIA-UFPA-MOCAJUBA

HISTÓRIA 2009
Como primeira experiência, nossa aula em campo foi um sucesso. Visitamos a Comunidade Indigena denominada ANAMBÉ.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Turma de História de Mocajuba visita Comunidade Indígena Anambé

Localizada no Município de Moju, a Comunidade Indígena dos Anambés (nome de um pássaro já não mas encontrado na região) recebeu no mês de janeiro sobre a tutela do Professor Augusto Leal, a turma de história 2009, núcleo de Mocajuba a qual realizava aula em campo onde procurou vivenciar a realidade das comunidades indígenas de nosso país em especial da Amazônia Tocantina.

Foi interessante a observação dos costumes, tradições, hábitos alimentares e de convivência dentro da comunidade. Após a apresentação de um "rito" de boas vindas, uma longa discussão foi estabelecida entre alunos sobre a intervenção do professor Augusto Leal e do representante da FUNAI por parte da comunidade. Pode-se observar que os mesmos enfrentam sérios problemas de ordem social, uma vez que na comunidade a figura do Pajé já não existe em razão do falecimento do mesmo e segundo palavras do próprio Cacique Nivaldo, o mesmo não repassou seus conhecimentos para terceiros - o que retrata, claramente, a perda de conhecimento e identidade dos Ananbés.

Notou-se que há uma divisão entre os anambés, fato este declarado pelo relato de terceiros em conversas paralelas por parte dos alunos. Segundo tais relatos, os "mais velhos" reinvindicam a posição do atual Cacique, o que fora confirmado durante a discussão entre alunos e comunidade.

Após um breve almoço, uma partida de futebol foi realizada entre Ananbés e alunos da turma, e para orgulho da turma perdeu-se apenas de 6 X 2, o que segundo a comunidade foi um placar apertado tendo em vistas à outras partidas realizadas com equipes de maior tradição. houve ainda o famoso CABO DE GUERRA, onde em uma melhor de três o resultado final foi de 2x1 para os Anambés.

Ficou uma certeza na experiência, a interação proposta pelo intermediador do evento, prof. Augusto Leal, foi extremamente proveitosa, muitos paradigmas foram quebrados, novos olhares foram formados tanto em relação aos indígenas quanto aos "brancos" que ali estavam pois ficou bem claro pelos líderes da comunidade "... não confio no branco não, eles davam bombons com veneno dentro pra matar nosso povo no passado", fato é que não se pode comprovar o relato desta dizimação, mas as invasões por parte de madereiros, caçadores sempre fizeram parte do cotidiano da região.

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